O presente artigo, resultado de um movimento analítico das experiências de Estágio Curricular Supervisionado (ECS) nos anos finais do Ensino Fundamental, mais precisamente dos ECS I e II, surgiu da seguinte indagação: Quais os reflexos da utilização da metodologia de resolução de problemas, durante a realização de um estágio de docência nos anos finais do Ensino Fundamental, para os processos de ensino e aprendizagem da Matemática? Partindo dessa problemática, surgida durante as observações realizadas no ECS I, decidiu-se construir um projeto de intervenção didático-pedagógico, para o Estágio II, a partir do uso da Metodologia de Resolução de Problemas, com enfoque nas pesquisas do Grupo de Trabalho e Estudo em Resolução de Problemas – GTERP. O Estágio Curricular Supervisionado I aconteceu de forma presencial em uma escola pública, no segundo semestre de 2019; entretanto, em decorrência da Pandemia da Covid-19, as aulas foram suspensas no ano de 2020 e, com isso, o ECS II ocorreu de forma remota. Vale salientar que as aulas foram realizadas pelo Google Meet, os encontros ocorreram no turno oposto as aulas da turma e as participações dos encontros não eram obrigatórias. Realizar o Estágio de forma remota foi desafiador, pois, para além dos problemas de conexão e ausência de equipamentos, comuns para alguns estudantes, os que participavam dos encontros, muitas vezes não interagiam; o que nos impossibilitava, em alguns momentos, de perceber se os movimentos de aprendizagem estavam sendo satisfatórios. Destarte, com todos os desafios sinalizados, concluímos o Estágio com o sentimento de dever cumprido, sobretudo por perceber ao longo das experiências propostas o quanto o trabalho com a metodologia da Resolução de Problemas, instigou os alunos a serem sujeitos críticos, propositivos, criativos nos caminhos para resolverem os problemas e coautores de sua aprendizagem.