O presente trabalho visa investigar as abordagens sobre o acesso e a permanência na UNIPAMPA presentes no Plano de Desenvolvimento Institucional dos períodos de 2014- 2018 e 2019-2023, e suas possíveis relações com a promoção dos direitos humanos. No que tange aos estudos dos direitos humanos, utilizamos Candau (2002) e Santos (2006), assim como apoiamos em Arendt na conceitualização de dignidade humana e em relação à universidade, Chaui (2003) e Pereira (2015). Sendo assim, utilizamos a metodologia qualitativa do tipo documental, para tanto partimos com a busca dos seguintes descritores: acesso, permanência e direitos humanos nos documentos disponíveis na página institucional da universidade. No documento de 2014-2018, há um total de oito menções referentes ao acesso e permanência, enfatizando a necessidade de programas para promover condições de equidade no Ensino Superior, em relação aos direitos humanos não há nenhuma menção. Já no documento de 2019-2023, o descritor “acesso e permanência” é localizado duas vezes, em um sentido semelhante ao plano de 2014; o descritor “direitos humanos” está presente em duas partes do texto, ambos dentro do âmbito das ações afirmativas. Tendo em vista a necessidade de promoção dos Direitos Humanos em tempos tão adversos, nota-se que o acesso aos espaços da universidade não são suficientes sendo necessário focar em aspectos como permanência, de modo que os estudantes tenham garantia do mínimo para a conclusão de sua graduação, a pouca abordagem nos documentos institucionais são sinais da irrelevância da ao assunto, portanto é importante ressaltar o papel dos movimentos estudantis que lutam cotidianamente para que sejam revistos os orçamentos e que se garanta o mínimo para sua permanência.