A reflexão sobre o currículo torna-se indispensável no novo modelo de sociedade do mundo pós-moderno para agenciar o aprendizado dos estudantes. O termo currículo surgiu em meados do século XIX e desde então vem sendo estudado, sofrendo alterações até chegar no que temos atualmente. No contexto da Lei De Diretrizes e Base da Educação Nacional ( LDB) o currículo é definido como um conjunto de competências a serem desenvolvidas nas escolas. Porém, por mais que exista referências nacionais de como desenvolver habilidades, trabalhar conteúdos e competências tidas como essenciais para formação de estudantes em qualquer parte do país, é o movimento que a escola faz para o planejamento e atualização da sua proposta curricular que poderá garantir a organização do tempo e espaço escolar. É preciso, pois entender que cada escola do campo é uma singularidade e o seu currículo deve ser construído, coletivamente, expressando movimentos da realidade dessa escola, levando em consideração aspectos como tempo de plantar e colher, realidade em que os alunos vivem e pensar em ligar os conteúdos acadêmicos com o modo de vida dos alunos campesinos. Logo para além do currículo oficial, observe-se que o currículo é orgânico, pensado e organizado de acordo com a realidade e o objetivo que se pretende alcançar. Este estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa de campo descritiva de abordagem qualitativa. Concluímos que o currículo escolar contribui, a medida em que é elaborado levando em consideração o envolvimento do corpo docente, de sente e demais membros que compõem a escola, respeitando as especificações de cada local, a forma de aprendizado dos alunos as opiniões de toda equipe escolar no momento de elaboração, execução e avaliação do currículo para que se promova o sentido e o significado das pessoas na vivência social cotidiana, seja na escola, seja fora dela.