O presente trabalho relata pesquisa desenvolvida nos cursos de licenciatura da Universidade do Estado de Minas Gerais-UEMG que, a partir do olhar dos egressos, investigou a ontologia do ser social, abarcando a relação entre as categorias formação, vida e trabalho. Pesquisou-se os seguintes cursos de licenciatura: Pedagogia, História, Letras ,Ciências Biológicas, Matemática, Educação Física e Física, pertencentes as Unidades de Barbacena, Campanha, Ibirité e Passos.O objetivo foi analisar, a partir do olhar dos egressos, a ontologia do ser social, relacionando a formação vivenciada, o trabalho e a qualidade da vida cotidiana, bem como identificar em que medida as licenciaturas contribuem para a emancipação do ser social.Nessa direção, a metodologia de pesquisa ,de abordagem quali-quanti e de característica interpretativa, utilizou de questionário para a coleta de dados contemplando três dimensões: a primeira ,cuja finalidade foi buscar identificar o perfil sócio demográfico e econômico e aspectos relacionados à formação e atuação profissional; a segunda, para identificar as principais motivações para entrada na licenciatura e qual o grau de satisfação em relação a ela; a terceira, para verificar qual a percepção em relação à melhoria da qualidade de vida após a conclusão da graduação e inserção no mercado de trabalho. Posteriormente, os dados foram categorizados e analisados dentro de uma perspectiva hermenêutico-crítica. Os resultados permitiram inferir que não é possível conceber o ser social como um elemento descolado da materialidade da vida. Porém, trata-se de um todo complexo e em movimento, interligando as esferas afetiva, política, econômica e social A categoria trabalho e a formação objetivam a satisfação das necessidades humanas e, assim, caminham na direção da sua humanização. No entanto, percebeu-se que o trabalho remete sempre para além de si mesmo possibilitando a criação permanente do novo e, nessa lógica, a clareza de que a licenciatura é primeiramente ontológica e não epistemológica.