Este estudo surge a partir das discussões iniciais sobre a concepção de currículo propostas aos estudantes do curso de Pedagogia do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) campus situado no Sul do Amazonas, especificamente na cidade de Humaitá. Assim, os objetivos do artigo propõem I) identificar como a cultura e identidade estão organizadas dentro do currículo; II) apresentar uma breve contextualização das transformações dos conceitos que o currículo carrega ao longo da sua historicidade; e III) entender como as práticas pedagógicas incluem (ou não) a cultura e identidade no ambiente escolar, de modo que, a escola reconheça as diferenças de culturas e identidades nos seus contextos existentes. A questão que norteou este estudo reflete sobre: qual o papel da escola na produção de uma sociedade que deve reconhecer as múltiplas identidades, e como produzir (ou reproduzir) um currículo que reconheça e respeite as diferentes culturas e sujeitos no processo de ensino e aprendizagem? Em busca de resposta a problemática levantada, utilizou-se a pesquisa bibliográfica com aporte teórico em Candau (2007), Lopes e Macedo (2011), Moreira e Silva (1994), Moreira e Candau (2007), Sacristán (2013) e Silva (1995; 1999). Com base nas análises feitas a partir de buscas, leituras, questionamentos, indagações e diante das perspectivas dos autores apresentados, entende-se que a construção de cultura e identidade estão ligadas juntamente ao processo de evolução dos indivíduos por meio do currículo, na qual as implicações de poder se fazem presentes no âmbito escolar começando pela formação dos professores e pela organização curricular. Contudo, estas reflexões iniciais, foram essenciais para compreender que o currículo não é um elemento neutro estando, consequentemente, interligado às demandas de grupos que detém o poder de definir ações executadas pela escola e que refletem a cultura dominante daquele dado contexto sócio-político-histórico.