A utilização das tecnologias na sala de aula tem se tornado recurso indispensável para mudar os paradigmas convencionais e fazer com que a educação acompanhe as mudanças que acontecem na sociedade, facilitando os processos de ensino aprendizagem. Mesmo assim, os obstáculos enfrentados na aceitação das TICs ainda são muitos, tornando esses instrumentos raros no cotidiano dos professores. Essa realidade, porém, foi mudada repentinamente com a inserção das atividades não presenciais na educação causada pela pandemia do Coronavírus fazendo com que a equipe, professores, pais e alunos tivessem suas rotinas modificadas com a introdução de ferramentas tecnológicas na escola. Diante desse contexto, esse trabalho possui como objetivo geral realizar uma discussão acerca dos impactos que as atividades remotas provocaram na rotina escolar de equipe diretiva e professores de três escolas situadas no município de Pau dos Ferros/RN. O trabalho dividiu-se em duas fases: a análise da perspectiva de professores e membros de equipe diretiva de três escolas (municipal, estadual e privada) através de questionários estruturados via plataforma Google Forms visando entender os impactos da transição entre as aulas presenciais e não presenciais e a utilização das TICs neste processo; e a descrição das experiências vividas enquanto coordenadora da rede municipal no período das aulas remotas. Os resultados da pesquisa revelaram que as dificuldades enfrentadas pelas escolas participantes na adequação ao método não presencial são diretamente relacionadas a problemas já existentes como falta de formação de professores e falta de estrutura física adequada nas escolas. Dentre os desafios encontrados percebeu-se que as escolas tiveram ainda que lidar com a pouca participação dos alunos nas aulas devido à falta de recursos tecnológicos e o desinteresse dos pais, levando os professores a não acreditarem na efetividade do ensino remoto quando comparado às aulas presenciais.