A aprendizagem é um processo dinâmico, gradativo, contínuo, pessoal e cumulativo. Essas características, próprias do processo de aprendizagem, também estão presentes na Educação de Jovens e Adultos – EJA, onde se verifica a necessidade a implantação de diversas estratégias para que essa modalidade de ensino, que tem um público com diferentes carências, possa efetivar a sua proposta de formação, com a adoção de diferentes metodologias e mecanismos para a construção do conhecimento na sala de aula. No que se configura como a EJA vinculada à EPT, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA tem em sua proposta metodológica e curricular a integração dos conteúdos do Ensino Médio regular com a formação técnica, o que torna fundamental o planejamento do docente e a compreensão por parte dos professores e dos alunos dessa integralidade e sua relevância na formação do sujeito, a elaboração e efetivação de metodologias que possibilitem essa integração (JEZUS, 2019). A relação do binômio ensino X aprendizagem, pode ser caracterizada de formas distintas, ao delimitar qual é o papel do aluno e qual é o papel do professor. Parece simples o entendimento desta dinâmica e parece que a sua funcionalidade é única e sem grandes extensões, mas no que evidencia as particularidades que são apresentadas pelo público da EJA, especificamente no PROEJA, esta relação pode desenvolver implicações que irão resultar na necessidade de uma nova postura na sala de aula. Freire (1978), salienta que a educação de jovens e adultos não deve ser apenas técnicas mecânicas de ler e escrever. A formação de professores para essa modalidade vai além das teorias, mas é preciso ter conhecimento de uma metodologia voltada para uma educação diferenciada, relevante para as especificidades do universo da educação de jovens e adultos.