O Ensino Médio recebeu nos últimos cinco anos uma nova organização curricular, os itinerários formativos. Neles são pretendidas as habilidades voltadas ao aprender científico, que devem ser mediadas pelos professores durante disciplinas aprofundadas. Na busca por estratégias de ensino que contemplem esses objetivos, as experiências educativas devem utilizar procedimentos metodológicos descentralizadores. A metodologia da pesquisa-ação, por exemplo, tem sido empregada nas aulas desse novo modelo, inclusive nas Ciências da Natureza. Nela, propõe-se a integração de participantes de vários segmentos, sendo possível que os mesmos compartilhem da autorreflexão das experiências vivenciadas. Além disso, pode ser desenvolvida junto aos modelos Blended Learning, que tem como princípio intercalar atividades presenciais e a distância. Considerando tais possibilidades, esta proposta utilizou os procedimentos de pesquisa-ação e Blended Learning em um Itinerário Formativo da disciplina de Biologia de uma escola de rede privada, no município de Corumbá-MS. Para tanto, foram integrados os procedimentos de diagnósticos, análise de situações e propostas de mudanças, por meio de algumas ferramentas do Google e um grupo de WhatsApp. A partir da experiência educacional desenvolvida foi possível identificar potenciais personalizações no ensino do Itinerário Formativo de Biologia a partir da inserção ferramentas digitais e estratégias colaborativas, possibilitando mais interações nos momentos presenciais e nos assíncronos, com discussões que consideram o posicionamento dos alunos na tomada de decisões.