Este artigo de revisão bibliográfica discute as implicações da pesquisa sobre juventudes vulneradas para a educação escolar do futuro, tarefa realizada em cinco etapas de contextualização. A primeira dedicada à conjuntura atual das políticas de educação no Brasil e à situação juvenil, a segunda, às lacunas da pesquisa em educação sobre juventudes vulneradas e o consequente desamparo sobre o assunto, na formação de professores e a terceira, dedicada aos desfios das escolas das favelas, para especificarmos entraves políticos pedagógicos para a escola do futuro. Ao final, são discutidas implicações para a educação escolar do futuro, tomando como referência horizontes democráticos da formação para a cidadania, previstos na Constituição de 1988 e orientadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96. Nas considerações finais, as implicações para o futuro da escola são orientadas a partir de ancoragens constitucionais da formação para a cidadania e que tome a diferença e a desigualdade como objeto de políticas emancipatórias, orientadas por pesquisas educacionais que instrumentalizem seus profissionais a entenderem a pobreza como problema histórico. Tomarmos as escolas de zonas segregadas como espaço de pesquisas e extensão interdisciplinares entre educação e ciências sociais é um caminho importante, tanto para superar lacunas da pesquisa em educação, quanto para a compreensão social dos fenômenos educativos, que desafiam o projeto de educação escolar do futuro, na promoção de direitos individuais e sociais, de modo que as restrições dos alunos e de seus contextos sejam objetos da educação libertadora, organizada participativamente nos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas.