O presente trabalho apresenta reflexões de mulheres trabalhadoras da rede pública municipal de educação de Campinas sobre o currículo de uma escola de educação integral e sua relação com o território. Circunscrita nesse contexto, discutiremos quais possibilidades o currículo construído por essa escola, possibilita vivências emancipadoras, no que tangencia uma formação integral, destacando as dimensões do corpo, da arte e da cultura, que emanam e se entrelaçam ao território de origem. Como recurso metodológico, vamos explorar os relatos das práticas pedagógicas realizadas nesta escola e analisar a reorganização curricular construída em consonância ao desenvolvimento de um projeto de educação integral. Nesse sentido, problematizamos se a escola, com seus tempos, espaços e conhecimentos diferenciados, pode ser uma interlocutora de potência na promoção do pertencimento e da valorização dos saberes do território. Nesse aspecto, destacamos algumas características geopolíticas da região Noroeste de Campinas para contextualizar, em linhas gerais, o grau de importância que um equipamento público, educativo, social e cultural assume na vida da comunidade em que ela se encontra. Ao final do trabalho, buscar-se-á refletir se as vivências e experiências curriculares construídas por Campinas são horizontes para se pensar sobre o futuro da escola e a escola do futuro, em especial se tratando de uma proposta de educação formal com princípios que evidenciam a valorização da experiência extraescolar e a postura investigativa nos estudantes.