Este artigo tem por objetivo refletir sobre as contribuições da classe hospitalar no desenvolvimento da inteligência emocional em crianças portadoras de doenças crônicas. A partir de um estudo de caso, a pesquisa revela que as doenças crônicas incidem no modo de ser e agir de pacientes, seja em abalos físicos ou emocionais, afastando a criança de casa, da escola e da rotina diária. Durante o período de internação do paciente, a classe hospitalar, enquanto espaço que garante e consolida o desenvolvimento infantil dentro de um hospital, permite às crianças reafirmarem seu protagonismo através de experiências lúdicas e literárias no enfrentamento da doença e na construção de habilidades socioemocionais. Por fim, conclui-se que a literatura e o jogo são recursos bastante utilizados para auxiliar nesse processo, abrindo caminhos para o diálogo em situações de dor e desconforto emocional.