Durante o período da pandemia da Covid-19, as escolas públicas evidenciaram sua total falta de preparo para lidar com situações emergenciais para a educação remota. O estudo Analisou o período de fechamento das escolas, as estratégias utilizadas no ensino remoto e como se deu o retorno às aulas presenciais de uma escola do Ensino Fundamental II na cidade de Passagem Franca, Maranhão, após dois anos de ensino remoto. O estudo de caso levantou de forma qualitativa algumas pautas como prioridade para o retorno das aulas presenciais. Questionamentos como as prioridades para o retorno neste primeiro momento estaria atrelado a continuidade do que foi estudado durante a pandemia em relação aos componentes curriculares e objetos de aprendizagem? Ou seria necessário priorizar a socialização/ressocialização promovida pelo ambiente escolar? Ou a prioridade seria o acolhimento e atendimento com equipe multidisciplinar, já que durante a pandemia muitos transtornos eclodiram? No período de isolamento social, com as escolas fechadas, a referida escola enfrentou problemas relacionados a aspectos socioeconômicos e realidades do contexto social ao qual está inserida. A distância social, a falta de contato com os professores durante a realização das tarefas refletiu no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, a “fome” foi um agravante por conta do contexto social em que a maioria dos alunos vivem, e mesmo com uma singela distribuição de cestas básicas durante o período da pandemia, não foi possível sanar essa demanda.