As técnicas de separação por membranas vem ganhando notoriedade para serem aplicadas no tratamento de efluentes, frente a outras técnicas essa se caracteriza por ter fácil adaptação a diferentes condições de operação. Visando a redução de custos a aplicação de materiais mais econômicos ou subprodutos na síntese dessas membranas vêm ganhando grande destaque nos últimos anos. É nesse cenário que surgem os estudos das tecnologias de separação por membranas baseadas em materiais de baixo custo, neste caso específico uma argila brasileira. As indústrias têxteis são apontadas como um dos segmentos responsáveis pelo consumo desenfreado de água e consequentemente geram efluentes contaminados que serão, na maioria das vezes, descartados de forma inadequada. Em sua maioria são contaminados por corantes que não se fixaram adequadamente nos tecidos e por isso precisam passar por um tratamento para que possam ser descartados de forma adequada na natureza seguindo as regulamentações dos orgãos ambientais. Este trabalho teve como objetivo central produzir membranas de baixo custo a partir de matérias primas brasileiras encontradas abundantemente em nosso país. Em seguida avaliar a aplicabilidade no tratamento de efluentes têxteis. A membrana de baixo custo foi preparada pelo método de compactação a seco uniaxial. Tanto a argila bofe quanto a membrana cerâmica de baixo custo foram caracterizadas por difração de raios X (DRX). Testes de Porosidade e permeação com água pura também foram utilizadas para caracterizar as membranas. Utilizando as condições operacionais de 25 ℃ e pressão de 1, 2 e 3 bar, o conteúdo de água pura permeada atingiu um fluxo na maior pressão de 137,46 L/m2.h. A membrana apresentou resultado de remoção para o corante Rodamina B superior a 95,00 %, evidenciando o processo de separação por membrana cerâmica de baixo custo como uma tecnologia alternativa para o tratamento de corantes têxteis.