Neste trabalho foi utilizado um fogão artesanal alimentado à vela de parafina para ensinar o tema de capacidade térmica às turmas de segundo ano do ensino médio de uma escola pública no estado do Pará. As aulas foram sustentadas por abordagens de ensino como a experimentação e a modelagem matemática, que por sua vez, foram fundamentadas no socio interacionismo de Vygotsky, onde se valorizou o conceito de instrumentos mediadores, a interação entre os alunos, as internalizações de conceitos e o papel do professor na zona de desenvolvimento proximal desses sujeitos. O fogão artesanal se tornou um instrumento mediador no campo real e os dados extraídos da experimentação e modelados matematicamente funcionaram como instrumentos psicológicos (signos) que expressaram conceitos vistos e internalizados ao longo das aulas. Para que os objetivos fossem alcançados foi necessário que se diagnosticasse a zona de desenvolvimento real dos alunos por meio de questionários, para em seguida, direcioná-los à zona de desenvolvimento potencial, sendo o professor uma espécie de tutor dentro desse processo. As aulas envolveram duas turmas matutinas, cada uma possuindo trinta e seis alunos. Como resultado, os alunos demonstraram uma compreensão mais significativa dos conceitos abordados, podendo fazer a relação do fenômeno físico com a linguagem matemática expressa em tabelas e gráficos, alcançando assim, os objetivos estabelecidos dentro da proposta pedagógica.