Evidências científicas comprovam que o sistema imunológico sofre um enfraquecimento ao longo do tempo, o que torna os idosos mais susceptíveis ao acometimento de doenças infecciosas, bacterianas ou virais, com a possibilidade de evoluir para formas graves, podendo levar ao óbito, caracterizando-os como grupo de risco. Isso chama a atenção para a importância da imunização ativa para esse grupo populacional, devendo ser oferecidas vacinas nas doses requeridas e as doses de reforço para as doenças mais prevalentes, particularmente em situações de epidemia/pandemia. Sabendo que o COVID-19 caracterizou-se como um dos piores cenários epidemiológicos, é de grande relevância avaliar os impactos disso na saúde pública. Nesse sentido, objetiva-se nesse estudo descrever a cobertura vacinal no Brasil para a população idosa entre os anos de 2020 e 2022. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no mês de maio de 2022 no DATASUS/TABNET, através da sessão “imunização” – doses aplicadas – Brasil. Os dados selecionados para as linhas foram “Unidade de Federação” e as colunas “anos” – 2020 a 2022, além disso, foi selecionada a faixa etária “60 anos e mais”. Os resultados demonstram o total de doses distribuídos de forma decrescente, sendo no ano de 2020, o quantitativo máximo de 66.460 no mês de agosto. No ano de 2021 houve uma queda, em que o quantitativo máximo foi de 48.297 doses aplicadas, e o mínimo, 8.815 doses. No ano de 2022, o máximo de doses aplicadas foi em 20.033, em fevereiro. Conclui-se, portanto, que houve um déficit nesse importante indicador de saúde para essa população, o qual deve ser retomado, através de estratégias e intervenções multiprofissionais para que esse público não sofra ainda mais consequências negativas da pandemia.