A sífilis caracteriza-se como uma infecção, bacteriana, curável e exclusiva do ser humano, possuindo como agente etiológico a bactéria Treponema pallidum. A principal forma de transmissão é por relação sexual desprotegida ou via e vertical. Essa patologia é considerada um problema de saúde pública, de notificação compulsória desde o ano 2000. O número de casos tem crescido na última década, inclusive entre idosos. Esse público apresenta características fisiológicas que aumentam a vulnerabilidade à infecção. Não há a existência de vacinas para a sífilis, sendo necessário cuidados para evitar a infecção. Para tanto, é necessário o uso de preservativos, educação sexual e um pré-natal adequado. A detecção precoce é fundamental para diminuição de agravos. O estudo tem perfil descritivo, transversal, retrospectivo, de base secundária e com abordagem quantitativa. A amostra do estudo, a partir dos critérios de seleção, foi constituída por 56.954 casos novos de sífilis registrados no Brasil entre 2017 a 2021. Tais dados foram colhidos através dos Sistemas de Informações de Saúde. As variáveis utilizadas foram: idade, sexo, região de notificação, classificação, evolução e critérios. Foram utilizados métodos estatísticos descritivos para analisar os dados coletados por meio do Microsoft Excel 2019®. Os índices de Sífilis adquirida em idosos no Brasil demonstraram-se muito maiores quando comparados ao período passado 2012/2015. A prevalência é maior entre os homens, independente da faixa etária, e, em números de casos, sendo maior na região sudeste. Ressalta-se que entre as notificações, foram confirmadas 77,4% e curados 49,1%, sendo 71,4% confirmados em laboratório. Salienta-se a quantidade de quesitos sem respostas, necessitando de melhores registros. Portanto, diante de números crescentes na notificação da doença, há a necessidade do reforço da vigilância em saúde, capacitação dos profissionais, ações de promoção de saúde e os estímulos às pesquisas sobre a temática.