A pandemia causada pelo Sars-CoV 2 tem modificado os cuidados em saúde, especialmente das pessoas idosas, devido aos maiores riscos de complicações e óbito. Para reduzir os riscos de disseminação da Covid-19 em serviços de saúde, diversas estratégias têm sido adotadas. Este estudo tem o objetivo de identificar as potencialidades do telemonitoramento para acompanhamento de pessoas idosas, durante a pandemia na APS. Trata-se de uma revisão da literatura realizada na PUBMED/MEDLINE, utilizando-se como descritores “telemonitoring” “aged” “Primary health care” e o operador booleano AND, não houve limitação de idioma. Foi aplicado o filtro “texto completo disponível” no período entre 2020 e 2022, durante a pandemia, que resultou como amostra de 29 artigos científicos. Após a leitura de títulos e resumos foram excluídos 2 artigos por apresentarem o uso do telemonitoramento em crianças e gestantes, perfazendo a amostra final 27 trabalhos. Entre os 27 trabalhos analisados 16 deles abordam o uso do telemonitoramento de doenças cardíacas, com destaque para o acompanhamento da pressão arterial e frequência cardíaca, o uso de recursos digitais para monitoramento remoto tem apresentado resultados positivos além das doenças cardíacas, o uso para pacientes com diabetes mellitus também tem otimizado o controle glicêmico, e melhores resultados da hemoglobina glicada. O telemonitoramento tem se destacado pois fornece dados clinicamente relevantes do paciente para ajudar a apoiar as visitas virtuais ou o adiamento de uma visita. Esta pesquisa mostrou que o telemonitoramento é relevante para o acompanhamento de idosos, principalmente em casos de doenças crônicas. Os estudos analisados utilizaram diferentes aplicativos e programas para acompanhar os pacientes, com o tempo novas ferramentas estão surgindo, os avanços das estratégias de saúde digital tem contribuído para os sistemas de saúde, a atenção primária se beneficia com o uso dessas ferramentas que contribuem para a continuidade da assistência e o cuidado integral.