O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida têm contribuído para a incidência de várias doenças, como é o caso da doença de Alzheimer (DA). Essa doença tem como características a deterioração emocional e cognitiva, acarretando em diversos problemas para o indivíduo, a nível emocional, cognitivo, funcional e interpessoal. No entanto, os tratamentos disponíveis ainda são limitados, tornando-se relevante a busca de novas alternativas terapêuticas, como o uso da Cannabis. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia terapêutica de Cannabis sativa e seus derivados no tratamento da doença de Alzheimer, por meio de uma revisão integrativa. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: Cannabis, Cannabidiol e Alzheimer's disease, com o uso dos operadores booleanos ‘‘AND’’ e ‘‘OR’’. Foram incluídos artigos completos de acesso livre, publicados nos últimos 10 anos, apresentados nos idiomas português e inglês. Foram excluídos aqueles não relacionados ao tema da pesquisa, revisões da literatura e duplicatas. Dessa forma, 9 artigos foram selecionados para compor esta revisão. Constatou-se que fitocanabinoides como o canabidiol e o tetrahidrocanabinol são capazes de combater o estresse oxidativo e o acúmulo de proteínas tau e beta-amilóide no cérebro, elementos envolvidos na fisiopatologia da DA. Ademais, o uso desses canabinoides em doses baixas foi bem tolerado e apresentou eventos adversos leves e mínimos, além de apresentar melhorias nas funções cognitivas e na memória. Portanto, os estudos atuais evidenciam que Cannabis sativa e seus derivados são promissores no tratamento do Alzheimer. Entretanto, esses estudos ainda são limitados, sendo necessário investigações mais amplas, sobretudo ensaios clínicos que constatem a eficácia e segurança desses produtos.