RESUMO: Neste trabalho, objetiva-se compreender como alunos surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras) percebem o preconceito contra a surdez, apesar de não compartilharem a língua com aqueles que são, frequentemente, vistos como preconceituosos em potencial: os sujeitos ouvintes. Para tanto, foram entrevistados cinco adultos surdos que são estudantes em uma importante escola bilíngue situada na capital do Rio de Janeiro. Utilizaram-se como referenciais teóricos para compreender a questão do preconceito: Allport (1962) e Heller (1989). Concluiu-se que o preconceito contra pessoas surdas tem especificidades, diferenciando-se de outras expressões preconceituosas, entre outros motivos, por se tratar de um sujeito que pode ter dificuldades para perceber o fenômeno do preconceito ao seu redor, o qual é ora secreto, ora revelado.