O presente estudo tem por objetivo refletir sobre a situação dos intérpretes de Libras que atuam nas escolas de referência, consideradas Escolas Polos (EPs) do município de João Pessoa, na Paraíba. Para tanto, dividimos o estudo em duas partes: a primeira de caráter documental e bibliográfico e a segunda, de natureza empírica. Levantamos o material pertinente às referências legais para compreender a presença do intérprete de libras na escola, como Quadros (2001), Damázio (2007), a Lei 10.436/02, Decreto 5.626/05, bem como a Lei 12.319/10, que regulariza a profissão de intérprete no território nacional. Na pesquisa empírica, entrevistamos os 36 intérpretes de libras das Eps de João Pessoa, e passamos a análise qualitativa das respostas dadas. Os resultados demonstraram que existem profundas lacunas na inclusão do surdo, motivada pela formação escassa dos intérpretes, desconhecimento das verdadeiras necessidades dos surdos e reprodução do discurso equivocado em favor da matrícula do surdo na escola regular como sinônimo de inclusão plena.