SANTOS, Nalim Moura. Adultização da infância:obrigação x escolha. Anais I CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/8482>. Acesso em: 23/11/2024 04:49
Este trabalho tem por objetivo retratar a “adultização” da infância, situações em que as crianças estão sendo vistas como pequenos adultos; seja pelas responsabilidades que assumem ou simplesmente pelo jeito de vestir e agir em determinadas ocasiões É muito importante lembrar que essa situação não é uma novidade, já que na Idade Média as crianças também eram vistas dessa forma. Vestiam-se como adultos e detinham algumas responsabilidades por terem que viver já na perspectiva de um adulto. Porém, o que está acontecendo atualmente e causando muita repercussão, seja pelos seus pontos positivos ou negativos, é que, antes, se considerava que as crianças deveriam ser preparadas para viverem já como adultos, ao passo que hoje, apesar de se compreender que criança tem que viver como criança, com o movimento capitalista moderno, projeta-se sobre a criança aspectos consumistas da vida adulta que interferem de uma maneira problemática no desenvolvimento infantil. Sob influência de GrantMcCracken, pude perceber que mesmo com a construção de leis que asseguram os direitos da infância à criança, ela está sendo reportada a uma condição antiga, que faz com que essa fase de brincadeiras e aprendizagem seja ultrapassada por uma que traz além de responsabilidades; disputas de posições, concursos de beleza, de propaganda e marketing; e o desejo do consumo que vem sendo implantado pela mídia a todo instante, fazendo com que o processo de “adultização” deixe de ser uma obrigação e passe a ser uma escolha, influenciada, mas, ainda assim uma escolha.