MAIA, Jefferson De Souza et al.. O hábito da leitura e a revolução humanitária. Anais V SETEPE... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/8206>. Acesso em: 08/11/2024 02:04
O hábito de ler transforma o leitor; é uma via de mão e contramão, isto é, ler significa uma trama entre a mente do escritor e seu interlocutor. A leitura não respeita convenções acadêmicas ou fronteiras catalográficas. Para o literato os livros mudam as pessoas e, à luz das descobertas da nova neurociência e dos neurônios-espelho, neurônios responsáveis pelo sentimento empático, tal pensamento parece não ser mais apenas romantismo dos professores de literatura. A transformação ocasionada pela leitura não se resume somente ao campo subjetivo do interlocutor, que visto desse modo, a influência da leitura seria de certo modo reducionista, porém, a leitura pode desencadear episódios ainda mais amplos, isto é, modificar desde um pensamento subjetivo até ter determinado de forma incisiva a Revolução Humanitária. Esse artigo pretende demonstrar que o hábito da leitura – ao que tudo indica – teve um dos papéis mais importantes no modo como as pessoas absorveram as ideias iluministas que precederam a Revolução Humanitária, embasado nas descobertas dos neurônios-espelho e a condição neurológica que estes proporcionam à capacidade empatia.