A robótica educacional (RE) é uma novidade nas escolas públicas da Paraíba. Há cerca de dois anos não se ouvia falar sobre este recurso tecnológico nessas escolas. Porém, nos anos de 2012 e 2013, 150 escolas públicas foram contempladas com kits de robótica. Mas será que apenas ter o material é suficiente para que os professores façam uso da RE? O que é necessário para que essa tecnologia seja inserida nas escolas públicas de modo a promover a educação? Certamente é preciso que todos os envolvidos no sistema educacional façam sua parte. É fundamental que a escola tenha infra-estrutura adequada e que haja apoio da gestão escolar. Com relação aos professores, é necessário que estes se disponham a modificar o modelo de suas aulas, que são tradicionais, e aderir às novas tecnologias. A robótica educacional, por si só, não é a solução para os problemas relacionados ao ensino e à aprendizagem, mas proporciona um ambiente favorável à aprendizagem, já que, por ser um material que se trabalha de forma dinâmica, é instigante para os alunos. Em se tratando de Matemática, é possível trabalhar conteúdos com a RE, de modo que leva os alunos a participarem mais das aulas e associarem a Matemática a situações do seu cotidiano. Neste artigo, discutimos sobre os entraves na aplicação da robótica educacional na escola pública, os desafios e perspectivas quanto ao uso deste recurso, em especial nas aulas de Matemática. Para a realização de nossa pesquisa, aplicamos um questionário aos professores de Matemática de uma escola Estadual da cidade de Campina Grande, na Paraíba, contendo questões sobre a RE. Dos sujeitos de pesquisa, a maioria nunca utilizou RE em suas aulas, mas demonstraram desejo de fazê-lo. O objetivo deste trabalho é fazermos uma reflexão sobre os benefícios que a RE pode proporcionar à escola. Apesar das dificuldades existentes, é importante que nós professores acreditemos e nos esforcemos para que essa tecnologia esteja presente em nossas aulas.