O PRESENTE ARTIGO VISA A ANALISAR AS IMPLICAÇÕES DA PRÁTICA ESPORTIVA PELAS PESSOAS INTERSEXO E COMO OS SISTEMAS BINÁRIOS CISHETERONORMATIVOS QUE REGEM O ESPORTE AMADOR E DE ALTO RENDIMENTO PODEM CONTRIBUIR PARA O AFASTAMENTO E, POR VEZES, EXCLUSÃO DAS PESSOAS INTERSEXO DO CENÁRIO ESPORTIVO. O ESTUDO DE REVISÃO POSSUI CARÁTER EXPLORATÓRIO E TRATA OS REFERENCIAIS PESQUISADOS A PARTIR DOS OPERADORES CONCEITUAIS DE FOUCAULT: ÉTICA, VERDADE, BIOPOLÍTICA E GOVERNAMENTALIDADE. QUESTIONAMENTOS ACERCA DOS REGULAMENTOS DE ELEGIBILIDADE E POLÍTICAS DE VERIFICAÇÃO DE SEXO/GÊNERO ADOTADOS PELOS ÓRGÃOS REGULADORES DO ESPORTE NACIONAL E MUNDIAL CONSTITUÍRAM UM PERCURSO METODOLÓGICO, ANALISANDO A NECESSIDADE DE CATEGORIZAR OS CORPOS NOS PADRÕES BINÁRIOS, EM NEGAÇÃO ÀS HABILIDADES E PERFORMANCES DOS CORPOS INTERSEXO DURANTE AS PRÁTICAS ESPORTIVAS. ASSIM, É POSSÍVEL PERCEBER, ATRAVÉS DOS DISCURSOS BIOPOLÍTICOS E DE GOVERNAMENTALIDADE, UM GOVERNAMENTO SOBRE A SAÚDE DOS CORPOS INTERSEXO PARA ALÉM DA PRATICA ESPORTIVA, UMA VIOLAÇÃO DOS CORPOS E DOS DIREITOS HUMANOS. OS MODOS DE REGULAÇÃO E OS REGIMES DE VERDADE QUE NORMATIZAM ESSA POPULAÇÃO LEGITIMAM AS CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO, MARGINALIZAÇÃO E ESTIGMATIZAÇÃO A QUAL SÃO SUBMETIDOS, POR EXISTIREM E TEREM CORPOS QUE NÃO SE ENCAIXAM NOS PADRÕES MÉDICOS E SOCIAIS DE BINARISMO. CONCLUI-SE QUE APESAR DAS FORMAS DE GESTÃO DO CORPO INTERSEXO ACONTECEREM NO CAMPO SOCIAL, É NECESSÁRIO DAR ÀS PESSOAS INTERSEXO LIBERDADE DE SER, DE FAZEREM ESCOLHAS DE MODOS DE VIVER E DE CONSTITUIÇÃO DE SI, AUTONOMIA E CONSEQUENTEMENTE VISIBILIDADE.