OS GRAFISMOS URBANOS PODEM ATUAR COMO FORMAS DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES E DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS, PROPORCIONANDO UMA FORMA DE INSTITUIR LIBERDADES NO ÂMBITO DA DEMOCRACIA. APESAR DE OS GRAFISMOS NÃO POSSUÍREM COMO UM FIM O RECONHECIMENTO ARTÍSTICO, COMO NO CASO DA PIXAÇÃO, ELES POSSUEM UMA CARACTERÍSTICA PRESENTE DE CONTESTAÇÃO E DE CRITICIDADE FRENTE ÀS CULTURAS DOMINANTES. A TEORIA E A PRÁTICA DOS FEMINISMOS DESEMPENHAM UM PAPEL DE EXTREMA IMPORTÂNCIA DENTRO DAS LUTAS E DAS CONQUISTAS DENTRO DESSE CONTEXTO, POIS O ESPAÇO DESTINADO PARA AS MULHERES NAS CIDADES MUITAS VEZES SE LIMITA ÀS DICOTOMIAS ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO, ATRAVÉS DAS MAIS DIVERSAS FORMAS DE VIOLÊNCIAS. A PARTIR DISSO, O TRABALHO SERÁ INVESTIDO EM UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, BUSCANDO DIMENSIONAR O PAPEL DOS GRAFISMOS COMO UMA FORMA DE MANIFESTAÇÃO E DE RESISTÊNCIA DAS MULHERES NOS ESPAÇOS URBANOS. APESAR DE OS GRAFISMOS POSSUÍREM A SUA ORIGEM DENTRO DAS PERIFERIAS, O PRÓPRIO IDEÁRIO DO GRAFISMO COMO ARTE ESTÁ EM CONSONÂNCIA COM O ÂMBITO GERAL DAS ARTES, EM UM CENÁRIO QUE OS ARTISTAS CONSAGRADOS SÃO EM SUA MAIORIA HOMENS, BRANCOS E DE CLASSE MÉDIA-ALTA. APESAR DE A PRESENÇA DAS MULHERES NOS GRAFISMOS AINDA SER CONSIDERADA MINORITÁRIA, É POSSÍVEL IDENTIFICAR UM CARÁTER DE LUTAS FEMINISTAS NOS MUROS DAS CIDADES, MOMENTO EM QUE SE IDENTIFICA UMA MAIOR INSERÇÃO ATRAVÉS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS.