NESTA APRESENTAÇÃO PROPOMOS UM OLHAR CRÍTICO AO EXERCÍCIO DA PATERNIDADE ENGAJADA, SITUANDO O ESTUDO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19, NO QUAL ABORDAMOS COMPARATIVAMENTE O CENÁRIO METROPOLITANO BRASILEIRO E FRANCÊS. TOMAMOS A PATERNIDADE ENGAJADA COMO GATILHO PARA A REELABORAÇÃO DOS SENTIDOS E SIGNIFICADOS DAS RELAÇÕES DE GÊNERO CONTEMPORÂNEAS. PARTIMOS DE ETNOGRAFIA MULTISSITUADA, CONSIDERANDO SEIS MICRO HISTÓRIAS DE HOMENS HETEROSSEXUAIS QUE SE CONSIDERAM ENVOLVIDOS NA PATERNIDADE E QUE TÊM PELO MENOS UM FILHO COM ATÉ SETE ANOS. SOMAMOS AO TRABALHO IMERSIVO, ENTREVISTAS ONLINE REALIZADAS ENTRE 12/2019 E 06/ 2020, ALÉM DE REVISÃO DA LITERATURA DE ESTUDOS DE CUIDADOS E GÊNERO. NESTA APRESENTAÇÃO TRAZEMOS A ANÁLISE DESCRITIVA DAS TRANSFORMAÇÕES RELEVANTES PARA OS INDIVÍDUOS EM RELAÇÃO AO IMAGINÁRIO DA PATERNIDADE IDEAL, O DESEJO DE SER PAI, A CONSCIÊNCIA DE PRIVILÉGIOS DE GÊNERO E A BUSCA CONTÍNUA POR RECONHECIMENTO SOCIAL; DISCUTIMOS QUESTÕES ASSOCIADAS À MASCULINIDADE HEGEMÔNICA E OS CONFLITOS RELACIONADOS AO ANTAGONISMO ENTRE VIRILIDADE E SENSIBILIDADE, ALÉM DAS TENSÕES ASSOCIADAS ÀS DIFERENÇAS GERACIONAIS; FAZEMOS UMA DESCRIÇÃO DENSA DAS TÉCNICAS CORPORAIS ASSOCIADAS AO CUIDADO INFANTIL DOS IMPACTOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NAS DINÂMICAS DOMÉSTICAS. CONCLUÍMOS QUE, APESAR DA DISTÂNCIA GEOGRÁFICA E CULTURAL, O COMPORTAMENTO DOS PAIS ENGAJADOS APRESENTA CONVERGÊNCIAS CONSISTENTES, O QUE INDICA UMA POSSÍVEL TENDÊNCIA GLOBAL ENTRE HOMENS DE CLASSE MÉDIA DE CERTO INCÔMODO EM RELAÇÃO À FORMA COMO A MASCULINIDADE/PATERNIDADE ESTÁ POSTA PELO REGIME HETERONORMATIVO. ESTAS MUDANÇAS PODEM SINALIZAR OS EFEITOS PRIVADOS DAS TRANSFORMAÇÕES PÚBLICAS RECENTES COMO A INFLEXÃO FEMINISTAS E DOS DEBATES ALARGADOS SOBRE DIVERSIDADE SEXUAL.