A GORDOFOBIA É UM PROBLEMA ESTRUTURAL E INSTITUCIONAL QUE ENGLOBA CORPOS GORDOS, E A PATOLOGIZAÇÃO DESTES PELA SAÚDE, QUE CULPA E ACUSA OS GORDES POR SE RECUSAREM A ADOTAR ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEIS, NEGANDO-LHES O DIREITO DE VIVER NA LIBERDADE DE SER E ESTAR, ASSIM COMO DE OCUPAR ESPAÇOS E TERRITÓRIOS, COMO CORPOS NEGADOS E INSURGENTES, SÃO MEDIDOS E PESADOS, MENSURADOS, SENDO CONDENADOS A UMA INFERIORIDADE MORAL POR HABITAR EM CORPOS "DOENTES", DETERMINADOS A SOFRER EXCLUSÃO DA SOCIEDADE. UMA SOCIEDADE QUE PASSA A ACOLHER EM NOME DO FASCISMO CIENTIFICO O PAPEL DE POLICIAL-MÉDICO, QUE EM NOME DO DEUS CIÊNCIA, CENSURA E REPROVA A PESSOA GORDA DANDO-SE AO DIREITO MORAL DE FALAR PARA ES GORDES DA SUA "IMORALIDADE". LEMBREMOS DA HISTÓRIA DA MEDICINA, ASSIM COMO DA GEOGRAFIA, QUANDO NA JUSTIFICATIVA DE INFERIORIZAR AOS CORPOS PERIFÉRICOS DO SÉCULO XIX E XX COM A NEFROLOGIA, E A MEDIÇÃO DO CRÂNIO, QUE DETERMINAVAM QUE CERTAS MEDIDAS MATEMÁTICAS FOSSEM SUFICIENTES PARA A PATOLOGIZAÇÃO DOS CORPOS NEGROS, CORPOS PERIFÉRICOS, COMO INTUITO DE APROPRIAR-SE EM NOME DA CIÊNCIA-CAPITAL DE TUDO QUANTO TINHAM, SENDO ASSIM COMO A CIÊNCIA CAPITAL ATUA NA MEDIÇÃO DOS CORPOS E SEU DETERMINISMO MATEMÁTICO-FASCISTA DE UMA NEO- NEFROLOGIA DAS CORPORALIDADES GORDAS.