NESTE TRABALHO, ANALISAMOS AS ESTÉTICAS DO CORPO MASCULINO A PARTIR DAS IMAGENS PRODUZIDAS POR PERFIS DE PRÁTICA FINDOM (DOMINAÇÃO FINANCEIRA) NA DIVULGAÇÃO DO TRABALHO SEXUAL EM REDES SOCIAIS. AO UTILIZARMOS O RECURSO DA ETNOGRAFIA ONLINE PARA ACOMPANHAR A CIRCULAÇÃO DE IMAGENS NAS INTERAÇÕES ENTRE O PÚBLICO CONSUMIDOR E OS PRODUTORES DE CONTEÚDO, APRESENTAMOS O ESBOÇO DO QUE CHAMAMOS DE “ESTÉTICA ALFA” ATRAVÉS DA PROBLEMATIZAÇÃO DAS PERFORMANCES DE GÊNERO CONSTRUÍDAS NOS PERFIS DOS DOMINADORES. AO PENSAR NESSAS ENCENAÇÕES DO GÊNERO MASCULINO DO “DOMINADOR ALFA”, CONSTITUÍDAS A PARTIR DAS ESPECIFICIDADES DO CONSUMO ONLINE E DO PÚBLICO-ALVO, ENCARAMOS O PROCESSO DE DOMINAÇÃO FINANCEIRA NÃO APENAS PELA INTERAÇÃO DO TRABALHO SEXUAL, MAS PELAS NUANCES ENTRE A HIPÉRBOLE DA PERFORMANCE DE GÊNERO, AS BIOFICÇÕES DO CORPO QUE COPRODUZEM A ÓTICA DA HIERARQUIA ENTRE ALFA, BETA E ÔMEGA, E A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES NA LÓGICA DO AUTO-APERFEIÇOAMENTO REVERSO/DEGRADAÇÃO. A DOMINAÇÃO FINANCEIRA, AO MESMO TEMPO QUE OCULTA O EMPREENDIMENTO DE SI NO CUSTEIO DO CONSUMO HEDÔNICO ARTICULADO NAS REDES FARMACOPORNOGRÁFICAS, REVELA A FANTASIA DA SUPOSTA NATUREZA DO GÊNERO NAS NORMAS SEXUAIS. AFINAL, COMO A IMAGEM DO MESTRE/DOMINADOR PODE SER ATUALIZADA NA CULTURA BDSM A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE O ESCRAVO/SUBMISSO E A PRÁTICA DO FINDOM, SOBRETUDO, NO CONTEXTO MIDIATIZADO DO TRABALHO SEXUAL DE PLATAFORMA? SUSCITAMOS QUE ESSAS IMAGENS PODEM SER MOBILIZADAS EM UM CIRCUITO FECHADO DE CULTO A SI, ONDE O MESTRE EXIGE DA SUA PRÓPRIA IMAGEM ADORADA O REFLEXO DO OUTRO DEPENDENTE, DELIBERADO PELOS SEUS PRÓPRIOS DESEJOS DE PARODIAR A REALIDADE.