AO LONGO DA VIDA MULHERES SÃO COBRADAS CONSTANTEMENTE PARA SEREM MÃES, MUITAS VEZES SUAS VIDAS SÃO PAUTADAS UNICAMENTE POR GERAR. DESDE A INFÂNCIA QUANDO GANHA A SUA PRIMEIRA BONECA QUE PROVAVELMENTE É UM BEBÊ ATÉ OS DEMAIS BRINQUEDOS QUE GIRAM EM TORNO DE CUIDADOS COM A CASA, A COZINHA, COM AS DEMAIS BONECAS E ATÉ MESMO SUBCATEGORIAS COMO BEBÊS QUE VEM COM A TROCA DE FRALDAS, MAMADEIRAS, ROUPAS, ETC. O BRINQUEDO NESSE MOMENTO TOMA O SIMBOLISMO PARA QUE FUTURAMENTE VENHA A SER UMA CERTEZA PARA QUE ESSA CRIANÇA SE TORNE MÃE, COISA QUE NÃO ACONTECE, POR EXEMPLO, COM BRINQUEDOS DITOS DE “MENINOS”, FAZENDO COM QUE MULHERES NÃO COGITEM SE REALMENTE NÃO QUEREM SEREM MÃES. TODAVIA, APÓS OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE MULHERES, ESSA PERSPECTIVA GANHOU O NOME DE “MATERNIDADE COMPULSÓRIA”: COMPULSÓRIA POIS, DESSA FORMA, SER MÃE É OBRIGATÓRIO, COBRADO PELA SOCIEDADE, E NÃO APENAS UMA VONTADE DA MULHER. O SEGUINTE ARTIGO BUSCA DEFINIR O QUE É ESSA MATERNIDADE COMPULSÓRIA, OS MOTIVOS PELOS QUAIS É TÃO LATENTE EM NOSSA SOCIEDADE E COMO SE APRESENTA E SE REPRODUZ POR MEIO DE UMA VIOLÊNCIA SIMBÓLICA DE GÊNERO. USAREMOS COMO REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO AS CONCEPÇÕES DE PIERRE BOURDIEU REFERENTE A HABITUS, SOCIALIZAÇÃO, DOMINAÇÃO MASCULINA, PODER SIMBÓLICO E VIOLÊNCIA SIMBÓLICA; JUDITH BUTLER COM GÊNERO E PERFORMATIVIDADE; POR FIM, MICHEL FOUCAULT COM CORPO, PODER-SABER E DISCURSO.