O PRESENTE ARTIGO BUSCA FAZER UMA LEITURA DA OBRA SOMOS TODOS BOLHES DO ESCRITOR ROBERTO MUNIZ DIAS, DEPREENDENDO DO SEU TEXTO ASPECTOS REFERENTES AO DIALOGISMO, A POLIFONIA E A INTERTEXTUALIDADE BAKHTINIANAS, NÃO ESQUECENDO AS CONEXÕES QUE SÃO ESTABELECIDAS ENTRE ESSAS TEORIAS E AS ESTRATÉGIAS NARRATIVAS COMO O NARRADOR, O TEMPO E O ESPAÇO CONFIGURADOS NA SUA FICÇÃO. A NARRAÇÃO CITADA SE ALIA A UMA LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA QUE QUESTIONA VISÕES DE MUNDO, DISCURSOS, POSICIONAMENTOS E AÇÕES ARRAIGADAS EM UMA SOCIEDADE AINDA AFEITA A DISCRIMINAÇÕES DE DIVERSAS ORDENS, HOMOAFETIVAS, SEXUAIS, GÊNERO E COMPORTAMENTOS POLÍTICOS E IDEOLÓGICOS. NUM PRIMEIRO MOMENTO SE SITUARÁ O AUTOR E SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA, BEM COMO OS PRÊMIOS RECEBIDOS POR ELE. NUM SEGUNDO MOMENTO SE DISCUTIRÁ A OBRA SELECIONADA ALIANDO-SE ÀS AS TEORIAS BAKHTIANAS ASSOCIADAS ÀS OUTRAS QUE AUXILIARÃO NA ANÁLISE DA OBRA. TERMOS COMO DIALOGISMO, POLIFONIA, INTERTEXTUALIDADE, ASPECTOS DA LITERATURA BRASILEIRA E HOMOAFETIVIDADE SERÃO EXPLANADOS PORQUE VÊM EM AUXÍLIO À LEITURA DA OBRA. TEÓRICOS COMO MIKHAIL BAKHTIN, DIANA LUZ PESSOA DE BARROS, JOSÉ LUIZ FIORIN, REGINA DALCASTAGNÉ E LUCIENE AZEVEDO. CONSTATOU-SE A PLURIDISCURSIVIDADE EXPRESSA NA OBRA ATRAVÉS DE RELATOS DE PERSONAGENS COM SUAS VIVÊNCIAS, EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO DEVIDO ÀS AÇÕES E SOFRIMENTOS DE VIOLÊNCIA MENTAL E FÍSICA NAS SUAS TRAJETÓRIAS DE VIDA.