RESUMO: A psicologia da educação é uma vertente jovem que, apesar de ainda sofrer com rastros históricos de normatização, tem potencial transformador dentro do contexto escolar. No Brasil, o contexto da escola privada aponta para o empenho dos agentes envolvidos no processo educativo, já em muitas escolas públicas há um sentimento de descaso por parte de professores e alunos. Apesar de inúmeras políticas públicas voltadas para a educação, esse contexto ainda se encontra carente, tanto em estrutura e funcionamento, quanto na admissão e qualificação profissional. As carências do espaço público educacional, como um todo, acabam por desmotivar alunos e professores. Além disso, elementos exteriores à escola podem interferir no processo de aprendizagem, tal como problemas psicossociais enfrentados por crianças e jovens em casa e na rua. A partir da bibliografia pesquisada, identificou-se que com a inserção do psicólogo nesse contexto é possível, a partir de um olhar empírico e teórico da realidade, que este profissional sirva como mediador/interventor do processo de ensino aprendizagem, propondo, a partir de sua experiência, intervenções que envolvam não só a equipe, como também os alunos e a família. Há inúmeros trabalhos apontando para a eficiência da promoção do trabalho interdisciplinar e do envolvimento familiar no processo educativo de crianças e jovens, além de autores que apontam para a importância de dar voz aos alunos, fazendo com que eles saiam do lugar de passividade e ocupem uma posição ativa dentro do sistema educacional. O presente artigo pretende problematizar como a psicologia pode atuar na escola diante da complexidade que a contemporaneidade emana e dos impasses encontrados na educação pública, trazendo como foco as problemáticas referentes às condições de ensino-aprendizagem diante das políticas públicas de educação; a relação professores, alunos e equipe; além de uma análise de como o psicólogo pode ser agente transformador dentro deste contexto.