Este texto é parte do nosso relato de experiência no Grupo de Estudos e Pesquisas em Afetividade na Prática Docente, na Universidade Federal de Campina Grande, campus de Cajazeiras/PB, considerando a especificidade da relação que o professor tem ou deve ter com o comprometimento de entender o aluno como um sujeito integral que na teoria walloniana seria levar em consideração a afetividade, a motricidade e a cognição para que a pessoa seja formada, além de entender que o sujeito é biológico e social. Aqui, apresentaremos reflexões acerca da afetividade e o processo de ensino-aprendizagem entendendo-a como constituinte da pessoa humana e a importância que essa discussão tem para a organização da prática docente, considerando o sujeito de modo integral. Metodologia: utilizamos a escrita de diários de itinerância propostos por René Barbier (2002), a partir das nossas experiências pessoais, estudantis e profissionais, considerando os estudos em grupo como uma das ferramentas que nos proporcionou um olhar ampliado da teoria walloniana na prática docente. Discussão: Para Wallon (1941/1995), nosso principal referente teórico, a afetividade diz respeito aos estados de bem estar e mal estar vivenciados cotidianamente, sendo afetados e afetando os diferentes sujeitos. Podemos dizer que a sala de aula é um ambiente em que existe uma interação entre professor e alunos de modo que o processo de ensino-aprendizagem seja vivenciado de modo satisfatório. Assim, necessitamos observar as diferentes expressões demonstradas por alunos a partir do silêncio e/ou outras manifestações que a própria escola poderá entender como inadequadas. Conclusão: para este momento é possível afirmarmos que alguns professores talvez não tenham a dimensão da representação e sua importância para o aluno, pois estimular laços afetivos traz um crescimento intelectual e faz com que a escola seja um espaço agradável, onde professor e alunos são parceiros na facilidade e dificuldade de ensinar e aprender.