Esta pesquisa pautasse sob as aproximações e distanciamentos entre os discursos médico e o educacional, tomando como referência temporal o período compreendido entre 1918 e 1945. Nessas aproximações, problematizamos o saber médico na orientação do saber pedagógico e sua recepção no discurso dos educadores colombianos. Utilizaremos, os artigos da revista “Salud y Sanidad” e sua atuação em campanhas de educação sanitária na Colômbia. Nos discursos apresentados pela revista, viemos percebendo na pesquisa, uma certa inexistência dos serviços adequados para a saúde, juntamente com a ignorância sobre os princípios da higiene. Para tal análise, iremos dialogar com a teoria que repensa os conceitos de leitura e de apropriação de discursos construídos pela Nova História Cultural, como estratégia metodológica para problematizar as formas de ler e os modos de prescrever o corpo higienizado, civilizado, moderno e educado. Para tanto, utilizamos Chatier, incitando-nos a pensar representação, nos faz pensar que “identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma realidade social é construída, pensada, dada a ler” (CHARTIER, 1990, p.16). Os cuidados com o corpo e da educação dos sentidos. Deste modo, viemos estudando a conversa existente entre o discurso médico-higienista ligado ao pedagógico, pela qual estrelavam neste cenário médicos, dentistas e enfermeiras (dentre outros profissionais da saúde que formavam a Comissão da Saúde), juntamente com professores e pedagogos, dentre outros profissionais da educação. Também traduz-se como intencionalidade as análises acerca do modo pelo qual escolas e educadores recepcionavam, apropriavam-se e faziam ressoar os pronunciamentos e as práticas médico-higienistas no âmbito escolar.