Este trabalho trata de uma reflexão acerca dos usos do Roleplaying Game (RPG) no ensino da História, a partir da convergência entre os espaços de formação de professores, atuação no campo docente e reflexão teórica acerca destes espaços. Dessa maneira oferecendo ao professor a possibilidade da utilização do Roleplaying Game como uma alternativa que pode ser incluída no seu rol de saberes e práticas docentes. Estas reflexões foram possíveis a partir da observação não-sistemática participativa de doze aulas de História em duas turmas do 2º ano do ensino médio da EREM Jornalista Trajano Chacon, localizada na cidade do Recife, durante o período de estágio supervisionado. Fizemos uso, também, de revisão literária sobre trabalhos acadêmicos referentes ao tema RPG e educação. E por entendermos a complexidade analítica de nosso objeto de estudo, realizamos entrevistas com o docente e alunos da referida EREM, a fim de preencher quaisquer lacunas deixadas pelas observações. Cabe apontar que os estudos sobre o RPG, seja enquanto jogo ou sua aplicabilidade à sala de aula, tem crescido muito nos últimos dez anos. E esse crescimento refere-se a descoberta das potencialidades dos jogos de interpretação de papéis dentro da modernidade tardia. Analisar e refletir, bem como problematizar, as possibilidades no uso do RPG na sala de aula de história é o objetivo fundamental desta pesquisa. Devemos esclarecer que este trabalho não pretende exaurir toda a potencialidade pedagógica de sistemas de RPG e tão pouco apontar todas as suas limitações e abusos. E, portanto, é preciso refletir mais. Construir mais pesquisas que reflitam os processos de ensino-aprendizagem como em um ciclo que vai das práticas pedagógicas à pesquisa, da pesquisa à formação de professores, e desta última ao chão da escola de novo. Mas, não do mesmo jeito que saiu, retornará renovada e, portanto, ressignificada.