ESTE TRABALHO PROPÕE FAZER A COMPARAÇÃO DOS CONTOS DOS PALAVRAS, DE ISABEL ALLENDE, (2001) E AYOLUWA, A ALEGRIA DE NOSSO POVO (2016), DE CONCEIÇÃO EVARISTO. OS DOIS TEXTOS DESENVOLVEM UMA LEITURA CONTRAPONTUAL DO IMAGINÁRIO FEMININO NAS SOCIEDADES CHILENA E BRASILEIRA, FIGURANDO PRÁTICAS, DISCURSOS E SABERES CUJA ESPESSURA ESTÉTICA, LITERÁRIA, ANTROPOLÓGICA E CULTURAL APONTA OUTROS CAMINHOS DA HISTÓRIA E LITERATURA LATINO-AMERICANA. PARA DISCUTIR ESSA MIRADA CRÍTICA DE RELEITURA E REESCRITA DO PAPEL DA MULHER NO CONTEMPORÂNEO, PARTE-SE DAS INTERLOCUÇÕES ENTRE A TEORIA LITERÁRIA, OS ESTUDOS DE GÊNERO, OS ESTUDOS PÓS-COLONIAIS E A LITERATURA COMPARADA, ESPECIALMENTE NA PERSPECTIVA DE THOMAS BONNICI (2000) EURÍDICE FIGUEIREDO (2020), EDUARDO COUTINHO (2009), HELOÍSA BUARQUE DE HOLANDA (1994) E LÚCIA OSANA ZOLIN (2017), ENTRE OUTROS. AO DIALOGAR COM TAIS ESTUDIOSOS, BUSCA-SE COMPREENDER AS ESTRATÉGIAS DE FIGURAÇÃO DE ALENDE E EVARISTO, AO CONSTRUÍREM MUNDOS FICCIONAIS COM MÚLTIPLAS LINHAS DE FUGA NA LÍNGUA, CULTURA E VOZ DE PERSONAGENS CUJAS ALTERIDADES MOVEM-SE EM DIREÇÃO À ESTRANGEIRIDADE DO PRÓPRIO ATO DE NARRAR. COM ISSO, ESPERA-SE, FINALMENTE, EXAMINAR AS TRAVESSIAS LITERÁRIAS DE DUAS AUTORAS LATINO-AMERICANAS QUE INSCREVEM NOVOS HORIZONTES DE EXPECTATIVA PARA DESCORTINAR IMAGINÁRIOS, EPISTEMOLOGIAS E MEMÓRIAS EM TRÂNSITO, DE MODO A CARTOGRAFAR, AO FIM E AO CABO, A POLIFONIA E ESCREVIVÊNCIA DO CORPO, LINGUAGEM E EXPERIÊNCIA DA MULHER NA LITERATURA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEAS.