Este artigo trata de uma investigação acerca de como a matemática é aprendida pelos alunos e qual é a relação que tem com o seu cotidiano. O objetivo é analisar como o ensino da matemática articulado às situações do cotidiano colabora para a construção de novas aprendizagens dos estudantes e como as abordagens cognitivas de Bruner e Ausubel descrevem o processo de construção desse conhecimento. O delineamento metodológico classifica-se como qualitativo, pois, segundo Taylor e Bogdan (1987) os trabalhos com metodologia qualitativa têm a finalidade de reconhecer uma serie de dados descritivos, que tanto provém das próprias palavras (faladas ou escritas) das pessoas ou de suas atividades observadas. Neste artigo apresenta-se um recorte sobre ensino aprendizagem de matemática e as situações do cotidiano de uma escola pública estadual de Floriano-Piauí- Brasil. Os sujeitos da pesquisa foram 3 (três) professores de matemática e 20 (vinte) alunos de 7º e 8º ano do Ensino Fundamental. Os instrumentos de coleta de dados realizados foram: observações das aulas ministradas pelos professores e aplicação de um questionário aos alunos e aos professores. Os resultados demonstram que os alunos percebem a matemática como disciplina de difícil compreensão e que provoca sentimento de incapacidade em aprender. O discurso dos professores não condiz com a prática pedagógica observada. No entanto constatou-se a presença marcante da zona de conforto, sem busca de alternativas que mobilizem o processo ensino aprendizagem. Portanto, conclui-se que há necessidade de mudanças na prática dos professores sobre a forma de trabalhar a matemática, aliando os saberes do cotidiano dos estudantes para facilitar o entendimento e tornar mais significativo os conteúdos aprendidos na escola; maior reconhecimento e valorização dos saberes prévios dos estudantes considerando a matemática como instrumento de interpretação de informações sobre a realidade do contexto social em que o aluno está inserido