O presente pôster tem como objetivo apresentar, de forma preliminar, as discussões sinalizadas sobre estágio supervisionado na perspectiva da formação profissional em Serviço Social na particularidade do Estado de Goiás. Para tanto, essa pesquisa em fase de finalização teve como metodologia de natureza qualitativa a pesquisa teórica e empírica. A primeira advinda de estudos apreendidos pelas autoras a partir de pesquisas acadêmicos-científicas sobre a temática; já a pesquisa empírica se constituiu a partir dos debates realizados na Oficina da ABEPSS Itinerante (tendo as autoras como facilitadoras nesse projeto no Estado de Goiás). A particularidade do estágio em Goiás na perspectiva da formação profissional em Serviço Social possibilitam-nos identificar aspectos mais universais advindos da conjuntura brasileira, inter-relacionados às especificidades da região em que está inserido –, permeadas por contradições que se constituem “nós” a serem revisitados. No tocante às questões mais gerais denota-se a necessidade de revisitar aspectos mais amplos da PNE diante da necessidade de serem identificados os gargalos existentes – uma construção conjunta assumida coletivamente. Em relação aos aspectos regionais emergiram questões que devem ser revisitados entre as Unidades de Formação Acadêmica (UFAs), com vistas a garantir condições de estágio com qualidade na perspectiva da formação profissional, assumindo as funções precípuas da universidade, com destaque as ações partilhadas e desenvolvidas pelos discentes no tripé ensino-pesquisa-extensão. Entre os aspectos locais os gargalos tangenciaram as UFAs e no interior das mesmas, seja por aspectos mais intrínsecos ao Serviço Social, ou extrínsecos a ele – ambos co-relacionados. Nos aspectos intrínsecos destaca-se a necessidade de construção de ações que possibilitam o envolvimento e mobilização entre o corpo docente e discente do curso, posto que denota-se uma ausência de participação dos docentes nas atividades de estágio, bem como na assumência das disciplinas, com destaque, sobretudo pelas condições de trabalho em que estão expostos os docentes entre outros. Decorre-se a necessidade de articular, ainda, ações mais amplas no interior das universidades com vistas à formação de qualidade e as discussões sobre a precarização do trabalho docente (correspondendo aos aspectos extrínsecos) e a qualidade da educação. Algumas proposições emergem no sentido das ações construídas coletivamente, a saber: maior articulação entre as disciplinas estabelecidas na matriz curricular; discussão sobre a política de estágio do curso de modo transversal; ampliação sobre a discussão da instrumentalidade; cursos de formação contínuos promovidos pelas UFAs; fortalecimento dos fóruns de estágio com a participação dos supervisores acadêmicos e de campo, bem como discentes e docentes entre outros.