A educação é um conceito amplo que envolve várias definições. No caso do Ocidente, ficou marcado no decorrer da história, um tipo de ensino caracterizado por duas figuras: uma, o professor, a autoridade; a outra, o aluno, aquele que é o receptor do conhecimento. Uma característica deste tipo de ensino é o autoritarismo que o professor precisa impor em sua aula, ou seja, para conseguir o seu objetivo principal, que seria o aprendizado do aluno, ele busca todos os meios de fazer com que o mesmo venha ter submissão e disciplinamento. Castigos diversos e até agressões marcaram por muito tempo a pedagogia ocidental e tais práticas continuaram a ser perpassadas em zonas rurais de países como o Brasil. Até pouco tempo, houve professores que utilizavam métodos de castigos físicos como forma de impor a ordem, mas houve aqueles que foram na contramão de tais práticas. Este trabalho tem como objetivo, analisar a trajetória da educação no campo do município de Cabaceiras- PB, a partir da memória docente. Proponho refletir sobre a memória e história de uma professora no campo, como a mesma lidava com as práticas pedagógicas e como a partir de tais reflexões, é possível ter novas perspectivas para a educação da zona rural. Utilizo a metodologia da História Oral temática, articulada a pesquisa bibliográfica, utilizando como fonte, a entrevista oral. Ao mostrar as dificuldades de uma professora que iniciou sua carreira na década de 1960, bem como seus métodos pedagógicos a frente de seu tempo, este trabalho contribui para a educação hoje, encorajando a nova geração docente a buscarem sempre um ensino melhor e de qualidade.