Resumo: A vivência em estágio supervisionado permite ao professor em formação observar as dificuldades existentes na sala de aula. Em vista disso, considerando o ensino-aprendizagem de leitura como um dos múltiplos desafios da escola, é relevante discutir acerca de sua aplicabilidade. Partindo dessas reflexões, o presente artigo pretende discutir sobre a prática do ensino de leitura, bem como o papel desta na formação do leitor no Ensino Médio. Neste sentido, enfatizaremos o letramento e sua contribuição no desenvolvimento da leitura enquanto prática social, partindo do pressuposto de que a escola transformou o letramento escolar em uma prática de memorização de conceitos. O presente trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa etnográfica, a partir da observação de uma turma de 3° ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual, localizada em Campina Grande, no período de Outubro a Novembro de 2013. Para fundamentá-lo, dialogamos com as reflexões de Bunzen e Mendonça (2006), Koch (2006), Kleiman (2006), OCEM (2006), PCN (1998), dentre outros referenciais. Verificamos que o professor nem sempre age como um mediador em sala de aula e, muitas vezes, acaba não se preocupando com a utilização de estratégias de leitura que possam reduzir o distanciamento entre o aluno e o texto, contemplando a leitura enquanto experiência fundamental na formação crítica do aluno. Com base nessa observação, elaboramos uma proposta de intervenção didática que contempla a leitura crítica, tendo em vista atuar numa prática docente atentando para a função social de cada texto, objetivando desenvolver no aluno seu potencial crítico frente a uma sociedade midiatizada.