O presente texto aborda de forma concisa os processos de inserção escolar e a contribuição da Geografia que configuram-se como uma prática e política educacional, destacando as singularidades sobretudo, no conceito de inclusão, enfatizando a diferenciação entre os processos de integração e inclusão, que facilmente são usadas como sinônimos. De forma clara existe uma longa distancia entre as duas propostas, o primeiro preocupa-se mais com a normalização dos alunos que passam por etapas de formação até que sejam adaptados ao sistema escolar, o segundo constitui-se de um caráter democrático que de forma social abre as discussões sobre o que é ser diferente, buscando a plena inclusão social na escola, não apenas de alunos com deficiências, mas também de classes sociais que antes estavam excluídas e/ou marginalizadas, como exemplo as classes desfavorecidas economicamente, minorias étnicas, os superdotados, entre outros, que até então estavam a mercê apenas da educação informal. A metodologia que efetiva a relevância desse estudo é exploratória, com uma abordagem qualitativa e caracteriza-se por construir uma pesquisa bibliográfica, com obras de Vessentini (2007), Almeida e Sampaio (2009), Mantoan (2006), Abramowicz (2006). Um ponto relevante abordado no artigo trás consigo discussões sobre os objetivos do ensino da Geografia, que sofreram grandes mudanças durante o século XX, deixando o ensino mnemônico e partindo para uma perspectiva da Geografia crítica. Além da questão quanto à formação de professores, dentro destes os de Geografia, que devem cumprir com as novas exigências que foram tragas com a proposta inclusiva, visto que, ainda não estão sendo preparados para tal, pois com a expansão dos debates sobre a educação inclusiva as discussões sobre novas propostas para o ensino de Geografia deverão ganhar novos espaços, reforçando o real objetivo da disciplina, que é construir um saber crítico sobre espaço geográfico e fazer do aluno um cidadão emancipado, estimulando o respeito às diferenças entre todas as pessoas.