A pesquisa relatada é fruto de ações desenvolvidas pelo Núcleo de Extensão Universitária em Educação em Direitos Humanos (NUEDH), no âmbito da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, que visa difundir ideias e valores dos direitos humanos, da democracia e cidadania, eixos norteadores da prática educativa. A investigação deu-se a partir da aplicação de questionários aos(às) docentes das escolas da rede estadual de ensino da cidade de Pau dos Ferros, RN, objetivando identificar problemas como atitudes preconceituosas e discriminatórias com base nas diferenças de gênero, cultura, cor, etnia, orientação sexual e deficiências e refletir sobre elementos presentes no discurso docente que evidencia concepções e atitudes relacionadas ao reconhecimento da diversidade humana. Esta análise se configura em caráter exploratório devido a necessidade de constituir maiores informações sobre o assunto, pretendendo formular contribuições e afirmações sobre o objeto estudado. A fundamentação teórica baseou-se em: Candau (2003), Lopes e Macedo (2006), Trindade (2002), Guimarães (2002), entre outros. Contatou-se que a indisciplina e a ausência da família na escola lideram o ranking dos principais obstáculos para o trabalho educativo. Alguns dados evidenciam a violência física e verbal decorrentes das relações conflituosas que se estabelecem no espaço escolar, mas não especificam em que situações e contra quem estes ocorrem. Ficou explícito que os(as) docentes não reconhecem a diversidade humana que habita as instituições de ensino e nem possuem clareza sobre temáticas inerentes ao campo da educação em direitos humanos, pois estes(as) falam de modo aleatório e sem vinculação com concepções teóricas, políticas e ideológicas que permeiam a discussão dos direitos humanos na atualidade. O diagnóstico reforça a pertinência de imprimir estudos nas escolas sobre a transversalidade pela qual perpassa a sociedade contemporânea, em seu aspecto multicultural.