Desnutrindo o Bullying: uma proposta multidisciplinar para abordar questões de saúde e cidadania. Katia Regina Teixeira Vasconcellos (1)Resumo: O objetivo do presente relato é demonstrar a experiência realizada com um grupo de alunos do 5° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Anísio Teixeira, situada em Niterói, Rio de Janeiro, escola recém inaugurada e que atende seus alunos em horário integral, através de um olhar reflexivo que envolve as questões de alimentação saudável, obesidade, sobrepeso e comportamentos de bullying.Desta forma, considerando as diferentes vivências e bagagens familiar e social que cada aluno traz consigo, propiciar um debate que contemple as visões individual e geral, bem como, os apelos midiáticos que inflam de informações distorcidas os nossos pré adolescentes e adolescentes.Além disso, intencionamos que, em consonância com as informações adquiridas pelos alunos, estes sejam transmissores de conhecimento e, atuem como agentes disseminadores e, propiciem mudanças em seu ambiente familiar e, em sua comunidade.Este trabalho, portanto, refere-se aos aspectos emocionais, experimentados diariamente por estes educandos e, que vão deixar impressas suas marcas e seus estigmas relacionados aos padrões estéticos predefinidos e, que forma alguma, pode ser considerado um padrão saudável.Utilizamos neste projeto, documentário e pesquisas em internet, relatos de indivíduos discriminados por sua obesidade, suas lutas para serem socialmente aceitos em seus grupos escolares.Estudamos a rotina de alimentação não só do aluno, mas de toda sua família, tabulamos os resultados para que houvesse resultados concretos, palpáveis, a fim de que pudéssemos entender como uma má alimentação pode afetar a saúde não só do indivíduo, mas de todo seu grupo familiar.Baseando-nos nos conceitos de violência simbólica, descrito por Bourdieu, entendemos que o bullying é, por vezes, mais cruel do que a agressão real de fato, por entendermos que o agressor ou o grupo de agressores, provocam no agredido um silenciamento tão doloroso que, em via de regra, necessitará de apoio profissional especializado para tentar a superação e tais episódios.Logo, a escola enquanto instituição, não pode omitir-se frente a tais questões, não se pode reproduzir desigualdades, mas, aprender e ensinar a conviver, respeitar e interagir com as diferenças.1) Professora na Rede Municipal de Educação de Niterói, Especialista em Literatura Infanto Juvenil pela Universidade Federal Fluminense; Pedagoga pela Universidade Federal Fluminense.