O cavalo marinho é um folguedo, festa popular de caráter lúdico, podendo ser considerado também uma brincadeira. Os brincantes vestem figuras, personagens do cavalo-marinho, que possuem características e corporeidade diferenciadas, a maioria dos personagens tem a comicidade intrínseca e uma questão sócio-política envolvida. Dentro desse contexto podemos destacar a importância de trabalhar temas da cultura popular no ambiente escolar, resgatando tradições, adaptando-as aos dias atuais e valorizando a memória cultural. Neste sentido, este trabalho visa analisar o processo didático-pedagógico aplicado na turma do 3° ano do Ensino Fundamental I, do Centro Estadual Experimental de Ensino-Aprendizagem Sesquicentenário (CEEEAS). Essa Instituição, atualmente, recebe os bolsistas da área de dança do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), que têm como um de seus objetivos acompanhar as aulas de Artes. Os alunos do CEEEAS dentro da disciplina de Artes têm tido a oportunidade de vivenciar a cultura do cavalo-marinho através do projeto “Feste(já)”, com o apoio da Cooperativa de Ensino de João Pessoa LTDA. As atividades do projeto “Feste(já)” são elaboradas de forma que possibilite a vivência do folguedo a partir das quatro linguagens artísticas (artes visuais, dança, teatro e música), de modo transdisciplinar. Inicialmente, buscamos verificar qual a noção que a criança tem sobre o assunto através de atividades lúdicas, onde há liberdade e estímulo para que se use a imaginação e a criatividade. Em seguida, apresentamos às crianças a realidade do cavalo marinho por meio de uma vivência com os brincantes, estabelecendo assim a relação entre o imaginário e o real. Enquanto professores em formação inicial e, concomitantemente, bolsistas do PIBID, compreendemos a importância em se abrir caminhos para a inserção da cultura popular no ambiente escolar, sendo as aulas de artes propicias para a realização deste intento. Portanto, percebemos a necessidade de se desenvolver projetos transdisciplinares na escola que pensem a arte como área de conhecimento, viabilizando um ensino aprendizagem mais sensível e significativo, estando em consonância com o contexto das crianças partícipes.