APRESENTAMOS NESTE ARTIGO OS RESULTADOS DE UMA PESQUISA CONCLUÍDA CUJO OBJETIVO FOI COMPREENDER OS PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO E TRAJETÓRIA DE FORMAÇÃO DE QUATRO PROFESSORAS ALFABETIZADORAS, ATUANTES NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. EM MEIO A TANTOS OUTROS SABERES, A EXPERIÊNCIA DO TRABALHO DOCENTE É PERCEBIDA COMO ELEMENTO DE FORMAÇÃO CAPAZ DE VALORIZAR O PAPEL DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NA PRÁTICA. ENTENDENDO A VIDA COTIDIANA COMO TERRITÓRIO PRIVILEGIADO DO SABER, OPTAMOS POR BUSCAR A FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLÓGICA EM PESQUISADORES QUE PROCURAM APROXIMAR A EDUCAÇÃO DA VIDA, APONTANDO NUM PROCESSO DE INTERAÇÃO E INTERLOCUÇÃO, POSSIBILIDADES INTERPRETATIVAS DO SABER-FAZER DOCENTE. UTILIZAMOS NARRATIVAS (AUTO) BIOGRÁFICAS DE PROFESSORAS QUE ATUAM COMO ALFABETIZADORAS, BUSCANDO COMPREENDER O MODO COMO FORAM SE CONSTRUINDO ALFABETIZADORAS NA EXPERIÊNCIA COM O TRABALHO ALFABETIZADOR, PRINCIPALMENTE COMO VIVERAM O MOVIMENTO DE MUDANÇA CONCEITUAL EM TERMOS DE ALFABETIZAÇÃO, ACONTECIDA EM NOSSO PAÍS NO FINAL DOS ANOS 1980 E INÍCIO DA DÉCADA DE 1990, COM A CHEGADA DA PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA. NO PRESENTE ESTUDO, AS NARRATIVAS DESSAS PROFESSORAS FORAM COMPREENDIDAS COMO DISPOSITIVOS DE PESQUISA-FORMAÇÃO. OS RESULTADOS APONTAM QUE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DEVE SER COMPREENDIDA COMO RESULTANTE DOS MÚLTIPLOS CONTEXTOS DOS QUAIS A PROFESSORA PARTICIPA: ATRAVÉS DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS, NAS TROCAS E DISCUSSÕES COM SEUS PARES, NO COTIDIANO DA SALA DE AULA, NOS ENCONTROS OFICIAIS OU NÃO DE FORMAÇÃO E, PORTANTO, NÃO PODE SER COMPREENDIDA COMO UM MOMENTO ÚNICO. PRECISA SER COMPREENDIDA COMO UMA FORMAÇÃO QUE ACONTECE AO LONGO DA VIDA.