Nas últimas décadas, percebemos uma maior preocupação dos estudiosos com a linguagem oral. Prova disso é a elevação das pesquisas que se preocupam com a questão da oralidade no que tange ao aprendizado da língua materna na escola. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre o trabalho com a oralidade, no ensino de língua materna, e suas implicações para o desenvolvimento da competência comunicativa do aluno. As reflexões orientam-se pelos pressupostos da Sociolinguística Educacional (BORTONI-RICARDO, 2004, 2005, 2006), e pelos estudos de Castilho (1998), Marcuschi (2001) entre outros, que discutem sobre a temática. Faz-se necessária uma maior abertura da escola para o uso da oralidade em sala de aula, em que seja adotada uma visão de língua como um feixe de variedades, para que se promova uma melhor compreensão e aceitação das diferenças dialetais por parte de alunos e professores.