O presente artigo discorre sobre a relação entre desenhos animados e seus possíveis impactos no comportamento infantil. Nossa hipótese norteadora foi que esse tipo de programa contribui para formação da subjetividade do indivíduo e fornece subsídios para a formação de identificações. O principal objetivo é verificar a que tipo de programação as crianças tem sido expostas. Optamos metodologicamente por uma revisão bibliográfica com base, principalmente, em BOYNARD (2002), NJAINE e MINAYO (2004), DOMINGUES (2008), entre outros. Os primeiros resultados apontam para as rápidas transformações tecnológicas e a democratização do acesso aos equipamentos eletrônicos, como por exemplo, a televisão. Reconhecemos ainda à adequação dos programas televisivos as diferentes faixas etárias, destarte, canais especificamente dedicados às crianças. Nessa programação os desenhos animados possuem destaque e suas características têm sido modificadas. Nos últimos anos as séries televisivas de animação passaram a enfocar antivalores como: vingança, egoísmo, ignorância, individualismo, dentre outros e as crianças muitas vezes os assistem sem qualquer mediação do adulto, o que pode induzir a identificações negativas.