ESTE ARTIGO APRESENTA UMA PESQUISA SOBRE A GAGUEIRA E PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES QUE O PSICOPEDAGOGO PODE REALIZAR DIANTE DESTA DIFICULDADE. A GAGUEIRA É UM DISTÚRBIO DE FLUÊNCIA, ENQUADRADO DENTRO DO DSM-V (MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DOS TRANSTORNOS MENTAIS) COMO DISTÚRBIO DE COMUNICAÇÃO CARACTERIZADA POR REPETIÇÕES DE SONS, SÍLABAS, PALAVRAS E FRASES, OCASIONANDO PROLONGAMENTOS DE SOM, BLOCOS, INTERJEIÇÕES E REVISÕES, O QUE PODE AFETAR A VELOCIDADE E O RITMO DA FALA. DE ACORDO COM O INSTITUTO BRASILEIRO DE FLUÊNCIA (IBF), A INCIDÊNCIA DA GAGUEIRA É DE 5% DAS PESSOAS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA SÃO AFETADAS PELA GAGUEIRA DURANTE O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NO BRASIL. APROXIMADAMENTE 95% DAS CRIANÇAS QUE GAGUEJAM COMEÇAM A FAZÊ-LO EM TORNO DOS 2 ANOS E MEIO DE IDADE. DEPOIS DESTA IDADE, A GAGUEIRA PODE MANTER-SE ESTÁVEL, PROGREDIR OU PIORAR, MAS NÃO DESAPARECER COMPLETAMENTE. SEGUNDO LÚCIA BARBOSA, HÁ PRATICAMENTE, TRÊS VEZES MAIS HOMENS DO QUE MULHERES, ENTRE A POPULAÇÃO QUE GAGUEJA. E DE ACORDO COM DUARTE, CRENITTE E LOPES-HERRERA, ESTUDOS GENÉTICOS MOSTRAM QUE A FREQUÊNCIA DA GAGUEIRA É CONSIDERAVELMENTE MAIOR EM PESSOAS DO SEXO MASCULINO. GAGUEIRA NÃO É UMA DOENÇA, PORTANTO NÃO EXISTE CURA E SIM TRATAMENTO PARA MELHORAR A FLUÊNCIA DA FALA. A GAGUEIRA É COMPREENDIDA COMO UM DISTÚRBIO NEUROQUÍMICO DA LINGUAGEM QUE AFETA AS ESTRUTURAS PRÉ-MOTORAS DA FALA, DIRETAMENTE RELACIONADO ÀS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO DISCURSO. O TRATAMENTO PARA GAGUEIRA DEVE SER INDIVIDUALIZADO E NECESSITA UMA AVALIAÇÃO COMPLETA DA FALA, FATORES DE LINGUAGEM E COMPONENTES EMOCIONAIS ATRAVÉS DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.