A QUÍMICA TRATA-SE DE UMA ÁREA COMPLEXA DE ENSINO, NO CASO DOS SURDOS, EXIGE UMA
RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO. ESTE ARTIGO APRESENTA UMA ADAPTAÇÃO DO JOGO JENGA COMO MATERIAL
DIDÁTICO PARA O ENSINO DE QUÍMICA PARA ALUNOS SURDOS. CONSIDERANDO QUE PARA OCORRER A
APROPRIAÇÃO DOS CONCEITOS DE QUÍMICA, EXIGE-SE DO ALUNO ATENÇÃO VOLUNTÁRIA, PERCEPÇÃO,
MEMÓRIA E PENSAMENTO, SERIA POSSÍVEL UTILIZAR O JOGO COMO INSTRUMENTO MEDIADOR PARA
APROPRIAÇÃO E GENERALIZAÇÃO DESSES CONCEITOS? A ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DO JOGO, COMO A
PRODUÇÃO DO MATERIAL BIBLIOGRÁFICO SÃO RESULTADOS DE ESTUDOS DESENVOLVIDOS NAS DISCIPLINAS DE
“INSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO QUÍMICA II” E “LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) II” DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA). A PESQUISA-AÇÃO OCORREU
NUMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS SITUADA NO ESTADO DO PARANÁ, NUMA TURMA DE
ENSINO MÉDIO. QUANTO AO APORTE TEÓRICO, PRIMAMOS PELA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL COMO BASE
DE FUNDAMENTAÇÃO. A ANÁLISE QUALITATIVA DEMONSTROU QUE: 1) O SURDO PRECISA TER DOMÍNIO DA
LIBRAS E DA PRESENÇA DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS (TILS) PARA TER ACESSO ÀS
INFORMAÇÕES E AOS CONCEITOS; 2) A ATENÇÃO VOLUNTÁRIA DOS ALUNOS OCORREU A PARTIR DA SEGUNDA
RODADA; 3) O JOGO DESENVOLVE A PERCEPÇÃO, POIS PARA FORMAR AS ESTRUTURAS, PRECISA-SE RECONHECER
QUAIS PEÇAS DEVEM SER RETIRADAS; 4) O JOGO ESTIMULA A MEMORIZAÇÃO, AFINAL, PARA MONTAR AS
ESTRUTURAS, É NECESSÁRIO SABER O NÚMERO DE LIGAÇÕES DE CADA COMPOSTO. EM RELAÇÃO A QUESTÃO DA
GENERALIZAÇÃO DOS CONCEITOS, PRECISARÍAMOS DE UM ESTUDO CONTINUO COM OS ALUNOS, VISANDO
AVERIGUAÇÃO.