A METODOLOGIA DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NA ATUALIDADE BRASILEIRA APARENTA SER, EM SUA MAIORIA, VOLTADA PRIORITARIAMENTE PARA O ENSINO FORMAL DA LÍNGUA, ABORDANDO A ESTRUTURA DESSA ATRAVÉS DA PERSPECTIVA DA GRAMÁTICA TRADICIONAL, NÃO PROMOVENDO UMA REFLEXÃO CRÍTICA ACERCA DA LÍNGUA. ESSE FRACASSO, POR SUA VEZ, ACARRETA DIVERSAS CONSEQUÊNCIAS NA VIDA DE ESTUDANTES, POIS DIFICULTA, QUANDO NÃO IMPOSSIBILITA, A ASCENSÃO SOCIAL DO FALANTE POR MEIO DOS USOS DA LINGUAGEM, QUE É APONTADA POR GNERRE EM SEU LIVRO, LINGUAGEM, ESCRITA E PODER (1985), COMO O “ARAME FARPADO MAIS PODEROSO PARA BLOQUEAR O ACESSO AO PODER”. NESSE CONTEXTO, ESTE ENSAIO ANALISA O MÉTODO DE ENSINO DA LÍNGUA MATERNA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, EXAMINANDO A NATUREZA DO PROBLEMA, SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS, PROPONDO UM ENSINO EMANCIPADOR COMO UM MECANISMO QUE HABILITE OS FALANTES E LEITORES NA FORMAÇÃO DE UMA IDENTIDADE LINGUÍSTICA MAIS CRÍTICA. PORTANTO, PÔDE-SE DEPREENDER QUE APESAR DA MODALIDADE DITA CULTA DA LÍNGUA PORTUGUESA, DOMINADA EM MAIORIA PELOS MAIS FAVORECIDOS ECONÔMICO E SOCIALMENTE, SER UTILIZADA COMO INSTRUMENTO DE PODER, ATRAVÉS DA REFLEXÃO CRÍTICA E DA CONSCIÊNCIA ACERCA DAS VARIAÇÕES A LÍNGUA POSSIBILITA AO FALANTE O ACESSO A TODAS AS ÁREAS DA SOCIEDADE.