A LITERATURA AFRO-BRASILEIRA VEM CONQUISTANDO CADA VEZ MAIS ESPAÇO NO AMBIENTE ACADÊMICO, MAS MUITO POUCO CHEGA AOS EDUCANDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL. A PARTIR DA LEI 10639/03, QUE INCLUI A OBRIGATORIEDADE DO ESTUDO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA, A ESCOLA PRECISA OFERECER AOS ESTUDANTES A SUA REFLEXÃO COMO CONSTITUINTE E FORMADORA DA SOCIEDADE BRASILEIRA, VALORIZANDO O PAPEL DO NEGRO COMO SUJEITO FORMADOR DA HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS, VISTO QUE O QUE SE TEM ENSINADO NAS ESCOLAS QUANTO A HISTÓRIA DA ÁFRICA SE LIMITA À HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO E DO POVO ESCRAVIZADO. A LITERATURA NEGRA TRABALHADA EM SALA DE AULA AINDA NÃO ROMPEU OS PADRÕES ESTÉTICOS CLÁSSICOS OU DA TRADIÇÃO BRASILEIRA. APRESENTO ENTÃO UMA PROPOSTA DE TRABALHO COM UMA AUTORA AFRODESCENDENTE: CIDINHA DA SILVA, ESCRITORA MINEIRA, QUE APARECE DENTRO DO PANORAMA LITERÁRIO ATUAL, TRABALHANDO COM A LITERATURA NEGRA, UMA LITERATURA MARGINAL AO CÂNONE, QUE TRATA DE TEMAS RELACIONADOS AO CONCEITO DE NEGRITUDE, O PRECONCEITO RACIAL, A CULTURA AFRO-BRASILEIRA, RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA, COMPORTAMENTO, MÚSICA, DE FORMA NATURAL, LEVE E QUE ATINGE O PÚBLICO INFANTO-JUVENIL, COM SUAS HISTÓRIAS, CONTOS, CRÔNICAS EM QUE PODEMOS NOS RECONHECER DENTRO DO ENREDO, NOS PERSONAGENS E ATÉ MESMO NAS AÇÕES DO DIA A DIA. ESTE TRABALHO PROPÕE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA VOLTADA PARA A LEITURA E ESCRITA DO GÊNERO TEXTUAL CRÔNICA, MAIS ESPECIFICAMENTE DA OBRA BAÚ DE MIUDEZAS, SOL E CHUVA (2014), QUE TEM COMO OBJETIVO INTERFERIR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO A PARTIR DA VALORIZAÇÃO CULTURAL E CONSCIENTIZAÇÃO DE SUA IDENTIDADE E SEU PAPEL NO MUNDO. A PESQUISA APRESENTA UM ENFOQUE DIDÁTICO-PEDAGÓGICO, FUNDAMENTADA NOS PCN’S, NA LEI 10.639/03, EM CANDIDO (2010, 1998, 1995), COSSON (2009), FREIRE (1987) E MUNANGA (2009, 2000).